26 de janeiro de 2009

aos pedaços

são essas nossas mãos que não se tocam mais. é essa tua voz que soava como música e as notas das tuas palavras que ainda pairam na minha cabeça, como fantasmas que se esqueceram de fechar a porta ao sair. é esse teu cheiro que ficou grudado em mim e não sai mais das minhas roupas.
o teu amor era bastante. tão quente que derretia os meus discos de 1978. os nossos segredos já foram intimamente revelados, todos, e agora eles são como facas de dois gumes entre o meu e o teu peito. eu não sou Drummond, mas tem uma pedra no meio do meu caminho, do nosso caminho.
agora, meu bem, o meu coração foi servido aos frangalhos, e o meu amor, aos pedaços.

Nenhum comentário:

Postar um comentário