Gostosura viver
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A Bebel me deixa com cara de pastel
Pastel de vento
Que é pra voar lá longe
Onde a tristeza nunca vai me alcançar.
*Pedro Antônio de Oliveira*
27 de abril de 2009
aí vem ele. o ódio oculto no fundo dos olhos que brilham em êxtase. queria era que o mundo girasse mais depressa. queria era poder enxergar através de cada código dessa vida miserável e prolongada. roubar qualquer motivo que exista e qualquer sentido barato. barato foi o preço das ideias. que ideias? queria mesmo era apagar cada desgraçado que cruzasse o dele. eles não fazem falta, eu não faço falta nesse fim de mundo grande demais. que a morte de um é tragédia, e a de vários é só estatística.
13 de abril de 2009
dois ou três acordes tristes. aquela música não vai tocar mais.
deixei na rua de trás os meus passos e a sanidade no primeiro copo que me transbordou. a cada esquina, uma promessa de vida. o sangue que ainda corre - nem azedo nem amargo. quero me encontrar, mas me perco ainda mais quando olho para o céu lá em cima, tão grande, tão azul. antes as tuas setas que me indicavam a direção errada e me levavam pra qualquer lugar fora do meu mapa. aqui embaixo, passo tão despercebida quanto perdida nesse dia ensolarado. dia estranhamente bonito esse que é hoje. só a casa é que deve estar fria e vazia.
[o meu peito também]
deixei na rua de trás os meus passos e a sanidade no primeiro copo que me transbordou. a cada esquina, uma promessa de vida. o sangue que ainda corre - nem azedo nem amargo. quero me encontrar, mas me perco ainda mais quando olho para o céu lá em cima, tão grande, tão azul. antes as tuas setas que me indicavam a direção errada e me levavam pra qualquer lugar fora do meu mapa. aqui embaixo, passo tão despercebida quanto perdida nesse dia ensolarado. dia estranhamente bonito esse que é hoje. só a casa é que deve estar fria e vazia.
[o meu peito também]
3 de abril de 2009
"já que sou, o jeito é ser"
no escuro da noite é que me encontro e na claridade do fundo me escondo. não preciso de remédio, não sou responsável pela dor. no espelho, um rosto borrado. sem retoques, sem inocência, sentido. sobre os meus olhos recaíram todas as sombras que encontrei pelo caminho. não enxerguei cores, não encontrei sentimentos. andei sobre pontes tortas e trilhos sinuosos. todos me levaram ao mesmo labirinto sem fim, sem saída e sem sabor. nas paredes, escritos de uma vida remota. nos ouvidos, ian curtis sussurra, piedoso. diz que devo andar em silêncio. só não sei para onde.
no escuro da noite é que me encontro e na claridade do fundo me escondo. não preciso de remédio, não sou responsável pela dor. no espelho, um rosto borrado. sem retoques, sem inocência, sentido. sobre os meus olhos recaíram todas as sombras que encontrei pelo caminho. não enxerguei cores, não encontrei sentimentos. andei sobre pontes tortas e trilhos sinuosos. todos me levaram ao mesmo labirinto sem fim, sem saída e sem sabor. nas paredes, escritos de uma vida remota. nos ouvidos, ian curtis sussurra, piedoso. diz que devo andar em silêncio. só não sei para onde.
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