3 de abril de 2009

"já que sou, o jeito é ser"

no escuro da noite é que me encontro e na claridade do fundo me escondo. não preciso de remédio, não sou responsável pela dor. no espelho, um rosto borrado. sem retoques, sem inocência, sentido. sobre os meus olhos recaíram todas as sombras que encontrei pelo caminho. não enxerguei cores, não encontrei sentimentos. andei sobre pontes tortas e trilhos sinuosos. todos me levaram ao mesmo labirinto sem fim, sem saída e sem sabor. nas paredes, escritos de uma vida remota. nos ouvidos, ian curtis sussurra, piedoso. diz que devo andar em silêncio. só não sei para onde.

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