1 de fevereiro de 2009

vermelho vivo

eu não quero acordar, mas o sol já bate no meu rosto. é que hoje sonhei contigo e ainda tenho sentimentos traduzidos em imagens tuas na minha cabeça. tenho a impressão de que num simples abrir e fechar de olhos, elas vão se dissipar e se perder no emaranhado de nostalgia do meu quarto.
você sempre soube, meu amor, que eu sou de exageros. quando amo, amo demais. quando sofro, sofro demais. já tranquei meu coração numa gaveta às tantas chaves. agora ele é só um músculo. um músculo que bate, não sente; sangra. bate porque tem que bater e não sei quando vai parar de transbordar. vermelho vivo.
você é um mal incurável. mas é meu mal.
e eu sou só uma ferida aberta e exposta ao sol ardido dessa manhã de domingo. carne viva.

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